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Mesmo com os comentários que li, ouvi e captei, não estava preparada para o que vi em Cisne Negro. O enredo é ótimo, a mensagem definitivamente é passada e de forma assustadora. Querendo ou não esperamos assistir uma estória sobre balé, mas somos arremessados em uma trama cheia de dor, loucura e uma busca insensata pela perfeição.

Nina, vivida por Natalie Portman – vencedora do Oscar de melhor atriz -, é uma bailarina doce, meiga, o papel perfeito para o Cisne Branco. Mas ao ganhar o papel principal do Lago dos Cisnes ela precisa colocar para fora seu potencial para interpretar o Cisne Negro. Algo que ela custa a conseguir.

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A bailarina tem 28 anos, mas parece uma criança desprotegida, inexperiente e cercada de perigo, pelo olhar de sua mãe. Uma mãe controladora, insana, que não dá privacidade à filha e não a deixa nem mesmo escovar os cabelos sozinha. Nina é cercada de pressão, por todos os lados. Pressão de uma mãe que largou a carreira de bailarina para se dedicar a criação da filha; pressão de um professor que quer que ela se solte, se libere para o papel; pressão de sua própria cabeça que vê apenas adversárias a sua volta, bailarinas que querem roubar seu papel, nenhuma amiga; e finalmente pressão para ser perfeita. Ninguém consegue sair sã quando rodeada de tanta cobrança, baixa autoestima, neurose e desconfiança. E acho que o filme trata sobre isso, sobre a sanidade para enfrentar os obstáculos que são jogados em nossa frente todos os dias. É chocante!

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Mesmo com tantas qualidades não posso dizer que amei o filme. Ele é bom, sim. A interpretação de Natalie é esplendorosa e fascinante, sim. Mas ele não está entre os meus favoritos. Chamem-me de careta e quadrada, mas precisava de tantas cenas com sexo? Mão naquilo, aquilo na mão, mulher lambendo a “periquita” da outra, etc. Fiquei embaraçada, envergonhada. É, fico envergonhada com cenas assim. Mesmo se as assisto sozinha (o que não era o caso aqui). Sei lá, para mim não precisava dar tanta ênfase a isso, mas posso estar apenas sendo careta mesmo. E isso me fez pensar que atualmente quase não conseguimos mais assistir filmes em família, a não ser os mais de criança, porque tudo tem sexo hoje em dia. E não é uma cena que dá a entender que teve sexo, é o sexo ali, mesmo, com caras, bocas e sons. Mas isso deve ser um papo para outro dia.

Oscar mais que merecido para Natalie que conseguiu me deixar insana juntamente com ela em algumas partes do filme, principalmente as finais.

 

Beijos e uma ótima quarta-feira.