JV3

Finalmente terminei a trilogia Jogos Vorazes. Com uma dor no peito, é verdade, porque por mais que eu reclame de séries que têm muitos livros, eu me apego aos personagens e saber que não vai ter mais histórias sobre eles é meio triste. Mas é triste só por isso, porque eu gostei muito do final que Suzanne Collins deu para trama.

Uma palavra que pode definir a trilogia toda é eletrizante, porque cada um dos livros testa nossas emoções com cenas de prender o fôlego. Seja com Katniss se apresentando como tributo ou com ela cantando para Rue na Arena, seja pela atitude dela em desafiar a capital com as amoras e na turnê dos vitoriosos. Ou ainda na sua segunda participação nos Jogos e em tudo que ela desencadeou. Emoções boas, como o amor e dedicação com a família, e também más, como a dor de perder alguém querido e de ser perseguido, não se sentir seguro. Nossa, senti muita coisa ao ler esse último livro, agonia, dor, angústia, raiva, medo, insegurança, força, amor, pena, desconfiança e a lista não acaba.

Li que algumas pessoas não gostaram do livro, mas o achei realmente muito bom e digo mais, achei que Suzanne foi muito corajosa em terminar assim, corajosa em matar certos personagens, em escolher um team, em deixar Katniss ser o rosto da rebelião e depois dar o final que deu à ela. Obviamente eu fiquei injuriada com algumas das mortes e nem acreditei, tive que voltar e ler de novo para absorver o acontecido. Do jeito que eu sou, deixaria todo mundo vivo e feliz. Mas uma guerra tem baixas e muitas, não seria real, não seria uma finalização tão boa da história se elas não existissem.

Aqui pode ter spoiler para quem não leu esse e os outros livros. Depois de sobreviver a duas edições de Jogos “brutais” Vorazes, Katniss é levada pelos rebeldes que querem tirar Snow do poder. O Distrito 12 não existe mais, virou cinza, assim como a grande maioria de seus habitantes. Os que sobreviveram foram resgatados e levados para o 13, o “chefe” das rebeliões. Todos os Distritos entraram em guerra com a capital, apenas o 2 ficou de fora inicialmente. Chegou a hora de tirar Snow do poder. Mas o que isso significa? Quem ficar no lugar dele vai ser diferente? Guerra é guerra, enquanto uns atacam, outros se defendem, baixas são sentidas e vitórias são comemoradas, tudo com o objetivo de acabar com a tirania e soberania de uns.

Snow não mudou e nunca mudaria. Ele é mal, calculista, um coração de pedra que queria atingir Katniss de todo jeito, já que a imagem dela e suas atitudes davam força para a rebelião. Como Prim e sua mãe estavam fora do alcance dele, o presidente usou outra pessoa para despedaçar o Tordo. Sinceramente, não sei como Katniss conseguiu ser tão forte, tudo bem que ela desabou no fim, mas quem não desabaria? Mesmo com toda a força do mundo, passar por tudo o que ela passou é demais para qualquer um. Fim de spoiler.

Agora se tem uma coisa que eu não gostei no livro foi o título. Pensando bem, ainda mais depois de ler, ele não tem nada a ver com o livro ou com os outros títulos da trilogia. Sei que isso já foi comentado e muito na época do lançamento, mas eu não poderia deixar de comentar aqui. A Esperança parece título de livro de auto-ajuda, só para começar. Depois, não tem absolutamente nada em comum com o título original. Tudo bem que Tordo ficaria estranho, mas sei lá. Poderia ser diferente. Mas como já foi, só nos resta dar mais importância para o conteúdo do que para o título. Ah, encontrei também alguns errinhos de revisão, mas pouca coisa. Até bati foto com o celular, mas não as encontro mais, não sei onde foram parar.

Para não falar demais, fico por aqui. Mas antes quero reiterar que gostei muito do final que a Suzanne escreveu e que o livro é cheio de emoções, aventuras e crueldade, assim como os anteriores e sem realmente uma edição de Jogos Vorazes. Agora que as histórias novas de Katniss e companhia acabaram, só nos resta esperar Em Chamas chegar aos cinemas no ano que vem.

Beijos e uma excelente quinta-feira.