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O livro de Jill Mansell foi o meu primeiro lido de 2013, não podia ter começado melhor. Já havia lido em outros blogs resenhas muito positivas sobre ele, mas a publicação da Novo Conceito ainda não tinha brilhado para mim. São quase 430 páginas de história e elas são viradas tão rapidamente que você nem sente. Eu simplesmente AMEI Dizem por aí…

Primeiro de tudo o humor dele é incrível, os personagens são extremamente cativantes e eu já me via como uma moradora da pequena cidade de Roxborough, metida nos conflitos do lugar – ou no único conflito do lugar –, suspirando por Jack e desejando muito, mas muito mesmo ser amiga de Tilly e Max. Louisa também é uma fofa! Acho que estou me atropelando, deixa eu contar para vocês um breve resumo dos fatos.

Tilly é doida e morava em Londres com seu namorado até que um belo dia ela chegou em casa e ele não estava mais, ele e suas coisas. Ela não ficou depressiva nem nada, na verdade, ela orquestrou tudo para que ele fosse embora e não fosse ela a pessoa ruim por terminar a relação. Ela é doida assim. Mas queria curtir a fossa que era seu direito e foi para casa de sua melhor amiga, Erin. Em Roxborough. A cidade é cheia de peculiaridades e Tilly passa bons dias ali, até fica bêbada em uma noite e tenta pular uma lixeira, mostrando que não está velha, mas acaba caindo e acertando um carro novinho.

Enfim, sua vida está toda de pernas para o ar mesmo e ela decide ligar para uma vaga de emprego na cidadezinha, uma vaga de faz-tudo, com casa, comida e salário. A entrevista é muito engraçada, porque Max é sarcástico e adora piadinhas, sua filha Louisa tenta contornar, mas depois mostra que é farinha do mesmo saco. Tilly consegue o emprego e agora faz parte do local. Logo ela é arrebatada pelo Don Juan da cidade, Jack Lucas, mas ela sabe muito bem que não vai cair nessa. Ainda assim, todo mundo a alerta para ficar longe do maior pegador do lugar. No entanto, sabemos que não é assim que o coração funciona, né? Essa é uma das vertentes da história.

Porque ali, encostado no fogão Aga, com os braços cruzados na frente do corpo de forma despreocupada e um sorriso devastador espalhado pelo rosto, estava um dos homens mais desconcertantemente bonitos que ela já havia visto na vida real. Emoldurados por grossos cílios, olhos verdes a observavam, curiosos, e umpouco de cabelo preto e brilhante caía sobre a teste. O rosto dele era bronzeado, enfatizando os dentes brancos, e os dentes em si eram imperfeitos o bastante para não serem a obra de um dentista. Página 49

Além de Tilly, outros personagens têm suas tramas garantidas. Erin e seu novo romance com um cara recém-divorciado, tendo que lidar com a ex-maluca. Max, que foi casado por anos e revelou-se gay, tendo que viver e aprender a contornar o preconceito de algumas pessoas, criar uma adolescente e tocar um negócio de decoração de sucesso. Kaye, a mãe de Louisa e ex de Max, que é atriz em Hollywood e passa por maus bocados nos Estados Unidos, até que volta para Roxborough. Jack com sua fama de pegador e seu passado doloroso.

Ele era um homem destruído, marcado pelas cicatrizes do luto e incapaz de se entregar de forma plena a alguém. Página 318

O livro nos apresenta uma cidade que é como uma grande família, com seus méritos, seus problemas, suas superações e mudanças. E é incrivelmente gostoso acompanhar cada uma das histórias. Mesmo com tantos personagens, não é confuso, cada um tem seu tempo. E a comédia está acima de tudo. O livro é mesmo muito bom.

Ai, Deus, aquele devia ser o infame efeito do viúvo trágico, os meios letais e efetivos pelos quais Jack persuadia as mulheres a abandonar seus princípios, seu livre-arbítrio, sua dignidade… Página 162

Stella é uma das personagens mais murrinhas que eu já vi. Mas é honesta do jeito dela, ela não se limita a falar das pessoas pelas costas, ela fala na frente mesmo e se tiver mais gente para ouvir, melhor ainda. Se precisar, ela grita na frente da casa da pessoa. Cheguei a ter muito ódio dela. Mas depois nos acertamos, ela teve sua espécie de punição e mordeu a língua com Erin, então ficamos bem.

Se Max não fosse gay, era capaz de ele e Tilly formarem um par. Os dois têm um humor super compatível e me divertiram durante todo o livro. O Max é uma figura!!! Meu personagem favorito, disparado. O Jack é sensual, gatão, mas o Max, volto a escrever, é uma figura. Assim como Tilly, que teve seus momentos de burrice, porém, nunca perdeu o bom humor – a não ser com Jack.

- Arranje um jogador de futebol. Vire uma maria-chuteira – disse Max.

Mas Tilly sabia que não gostaria de ser daquele jeito; o bronzeamento artificial infinito, as viagens ao cabeleireiro e a manicure a deixariam louca.

- Acho que sou mais uma maria velha e preguiçosa. Página 195

Não tenho muito mais elogios a fazer. Ah, tenho, o final foi super fofo, cuti-cuti, curti muito, mas bem que eu queria um prólogo para saber mais. Saudades daquele povo, deu até vontade de reler. O livro é ótimo e eu super recomendo.

Cliques de Dizem por aí…

DSCN0214Marcações! 

DSCN0215Capítulo e início de capítulo. 

DSCN0216Detalhe/separador. 

DSCN0217 Nota de rodapé.

Beijos e uma ótima quinta-feira.