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Entre meus últimos empréstimos estava este livro, o segundo da trilogia dos Cinquenta Tons. Um dos livros mais comentados, alvos de amor e ódio, cercado de sucesso e dinheiro. O primeiro livro da trilogia ficou bem longe da lista dos melhores que já li, principalmente por questões que praticamente todo mundo já apontou. A história no segundo é melhor em todos os quesitos, na escrita, no enredo e na diminuição da putaria. Mas os pecados ainda estão ali, as inúmeras repetições de palavras e expressões, sem comentar a maldita “deusa interior” e suas piruetas que são de encher a paciência.

Ana é uma das personagens mais chatas que me deparei. Ela parece tão inteligente e decidida, mas perto de Christian vira uma criança mimada, que esperneia e faz tudo ao contrário do que deveria fazer, inclusive quando suas ações dizem respeito a própria segurança. Ela realmente me irritou nesse livro. Suas cobranças em relação a Elena (conhecida como Mrs. Robinson) foram exageradas, não que ela não devesse sentir o que sente, mas não precisava aparecer tanto, interferir tanto. E o que dizer de sua indecisão? Se no primeiro livro ela deixa Christian por conta do que ele fez com ela no Quarto Vermelho, depois que ele aceita a relação nos termos dela é ela quem quer ir para lá. Alou? Decide, filha!! Ai, como é bom desabafar.

Christian é um amor, sempre, aliás, no período pós-Ana. E foi bem interessante ver uma ex-submissa dele aparecer e dar problemas, imaginei que isso deveria acontecer. Afinal, Christian nunca foi com nenhuma delas do jeito que é com Ana. Com certeza alguém sentiria ciúmes disso e se perguntaria por que ela e não eu? Acredito que ela ainda possa incomodar. Achei algumas coisas na relação dele com Ana muito precipitadas, ainda mais no curto espaço de tempo em que estão juntos. Mas não há dúvidas de que ele é completamente apaixonado por ela e a ama, do contrário, jamais abriria mão do que abriu e mudaria tanto, tão notavelmente.

A gastança e “jogação de dinheiro na cara dos pobres” é demais também. Jogaram tinta no seu carro? Ah, compramos um novo. Sem falar em outras situações que eu não quero spoilear. Eu sei que Christian é podre, mas podre de rico, inclusive ele contou para Ana que ganha US$ 100 mil por hora. Dá um pouquinho pra mim, tio? E a seu favor há o fato de que ele ajuda muitas crianças e tal. Mas é uma maldade com pobres mortais como eu. Pensar em coberturas milionárias, iates, carros de luxo, jantares que valham US$ 100 mil, etc e tal. Que dó. Imaginem a quantidade de livros que eu poderia comprar com uma fortuna como a de Grey? Provavelmente teria aquelas relíquias maravilhosas que ele tem em sua própria biblioteca e muito mais.

Voltando para o foco. O livro foi bom porque revelou bastante do passado de Christian e umas coisas bem cabeludas. Mostrou os limites que ele e Ana estão ultrapassando juntos, a cumplicidade entre os dois. Assim podemos entender mais essa personalidade dele. Essa necessidade que ele tinha de machucar. Mas ele também ficou carente demais, necessitado demais da presença da Ana e quase me sufocou. Imagino ela. A família Grey é toda uma fofura, amo Mia, assim como amo Alice, elas são muito parecidas, idênticas até – fora o fato de Mia não ser vampira coisa e tal.

Nesse livro, diferentemente do primeiro, eu vi Christian como Stephen Amell, mais precisamente o Oliver Queen, todo mandãozinho. E o Taylor da minha imaginação é o Diggle, acho que porque os dois se dão tão bem nas cenas de Arrow que já fiz um pacote. Sabe-se lá se no terceiro eu já não mude de novo.

ARROW Taylor e Christian do livro 2

Enfim, não é o melhor livro da minha vida, mas gostei de ter lido. Esse mês devo ler o último e dar fim à trilogia. Ah, preciso comentar que demorei mais do que esperava para ler, além de ficar doente no período da leitura, as letras pequenas me atrapalharam muito, cansavam a vista muito facilmente. Tadinha de mim. Encontrei uns errinhos de edição também, mas nada alarmante. Agora é esperar e ver o que o volume final me reserva, muitos dizem que ele é o mais fofo de todos. Veremos!

Beijos e uma ótima terça-feira.