Salve galera!

Primeiramente, gostaria de me desculpar com todos os que acompanham essa coluna, pois no mês de novembro fiquei impossibilitado de realizar minhas postagens, por dois motivos:

O primeiro é que o Sr. Bill Gates e sua companhia resolveram me sacanear e minha licença para o uso do Office simplesmente expirou, e não havia ser humano no mundo que me resolvesse esse problema pelo fato de meu Windows ser 64 bits e também porque essa licença não deveria ter expirado. Por fim, conseguiu-se resolver este problema.
O segundo motivo pelo qual estou sem tempo, é que este que vos tecla casar-se-á no ano vindouro, mais precisamente em abril, e isto tem tomado parte valiosa do meu tempo, mesmo que eu tenha me envolvido muito menos que a minha querida noiva que, para minha sorte, tem cuidado da parte “grossa” dos preparativos.

Bom, explicações dadas, vamos para o verdadeiro motivo pelo qual vocês acabaram por aqui, o entretenimento japonês.

Na última coluna, que já tem certo tempo, falei sobre um dos expoentes do tokusatsu no Brasil, a série Comando Estelar Flashman. Seguindo nosso cronograma, hoje falarei de um anime que teve sua passagem discreta no país, entretanto é lembrado com muito carinho e até mesmo uma certa confusão por parte de seus admiradores.

Macross 1

Fora isso, a série traz um questionamento: Seria uma música capaz de mudar o curso de uma guerra?

A partir disso, é chegado o momento de parar de enrolação e irmos para o que realmente interessa, então, coloquem seus capacetes e embarquem em seus Caças Valkyries e…

“Shao Pai Lon!”

Macross

Tudo começa no longínquo ano de 1999, lembrando que a série fora criada mais de 15 anos antes disso, quando a Terra encontra-se em uma Guerra Civil generalizada. Tudo levava a crer que os terráqueos se destruiriam quando uma gigantesca nave cai em uma ilha do Pacífico Sul. Este fato lança uma nova luz sobre a situação do planeta e faz com que as nações entrem em um acordo de paz e passem a trabalhar em conjunto para se protegerem de futuras ameaças alienígenas. Com isso, batizam a gigantesca nave de Super Dimension Fortress – 1, ou SDF -1 Macross.

Após dez anos de trabalho, a SDF – 1 está pronta para operar voos novamente quando a Terra é “visitada” por uma frota pertencente a uma raça alienígena, os Zentraedi. Eles vieram atrás da SDF – 1, pois alegavam que ela pertencia a uma raça inimiga. A nave, percebendo a ameaça, acaba por disparar automaticamente seu canhão principal do seus sistema de defesa. Isso acaba levando os humanos e os Zentraedis a entrar em uma guerra, e, a nave, acaba por utilizar seu sistema de hiperpropulsão e vai parar na órbita de plutão. A série passa a mostrar, agora, a trajetória da volta da grande nave, juntamente com seus 70.000 habitantes e sua ilha, a Macross, que acabou por transformar a nave em uma colônia espacial. Contudo, além de tentar voltar pra casa, a frota precisa lidar com a ameaça dos Zentraedis que, a todo custo, querem recuperar a SDF – 1 e para isso contam com a poderosa ajuda de seus maravilhosos caças Valkyries!

Macross 2

Ao ler tudo isso, a impressão que se tem é de que as batalhas são o principal mote da série, ainda mais se assistir um ou outro episódio. Entretanto, ao assistir a série toda, fica claro que tudo isso, serve apenar para pano de fundo do verdadeiro enredo, o triangulo amoroso entre um piloto de caça, uma cantora pop e uma abnegada oficial de comando da nave. Posso, inclusive, dizer que Macross é uma série que agrada a todos os gêneros, uma vez que possui batalhas memoráveis, com explosões de todos os lados, tiros e ainda robôs gigantes, “andando” lado a lado com um romance que divide o jovem coração de um piloto esforçado que busca proteger o planeta em que nasceu.

Macross 3

O jovem piloto Hikaru Ichijyo passa toda a série dividido entre o amor da outrora jovem e inocente Lynn Minmei, que agora é uma cantora pop de sucesso dentro de Macross, e sua oficial Misa Hayase e, de certa forma, isso acabou ajudando no destino da guerra.

Durante a série, o trio é feito prisioneiro pelos inimigos e é provocado o primeiro contato entre as duas raças, o que acabou causando alguma confusão, pois os alienígenas nunca tinham presenciado o afeto que é demonstrado pelos três e isso vai ser determinante mais adiante.

 

A medida que Macross se aproxima da Terra e a guerra com os Zentraedis se intensifica, uma cruel constatação é feita. O povo da Terra não quer aceitar que a nave volte ao planeta, bem como seus passageiros por considera-los os únicos culpados pela guerra contra uma raça alienígena.

Todos os acontecimentos acabam por criar um choque cultural nos Zentraedis. Haja visto que são uma raça criada com um único propósito, a guerra, eles não conseguem compreender os sentimentos dos humanos, nem a maneira como eles se relacionam e muito menos algo que eles tanto apreciam, a música. Isso acaba provocando deserções por parte dos extraterrestres por passarem a duvidar de suas próprias crenças na guerra, e estes acabam se aliando aos humanos.

 

Para evitar que tudo fosse perdido, o líder supremos dos Zentraedis acaba ordenando um ataque em massa com sua frota restante.

A Terra se defende como pode, porém suas forças, mesmo com a ajuda da grande nave SDF – 1 Macross, parecem ser insuficientes contra o ataque inimigo, e eis que uma ideia salva todo um planeta.

Macross 4

A cantora Lynn Minmei canta com todo seu coração enquanto os jovens pilotos arriscam suas vidas na derradeira batalha e suas músicas são transmitidas a todos os envolvidos no terrível embate, e o que acontece?

Bom, eu creio que seja muito mais interessante que os amigos leitores assistissem ao final dessa série, pois além de mostrar o destino do planeta, revela quem o piloto Hikaru escolheu para ser a dona do seu coração!

A série é de uma beleza inigualável no que tange a batalhas e roteiro. As personalidades são muito bem trabalhadas e todas são muito diferentes, algo que eu achei muito legal.

Quem teve oportunidade de acompanha-la na CNT/Gazeta sabe bem do que estou falando. Quem acompanhou esta série na Globo, sinto informar que o que assistiram foi Robotech, uma adaptação americana que misturou cenas de Macross, Southern Cross e Mospeada, uma manobra dos produtores para deixar a série um pouco mais longa.

Macross 5

Vale ainda ressaltar que Macross é um dos títulos de maior sucesso na terra do sol nascente, tanto que já rendeu vários OVAs, Mangás e até mesmo outras temporadas de anime, sendo que algumas são relacionadas ao original e outras contam um futuro um pouco mais distante.

Em suma, esta série é daquelas que dá gosto de acompanhar, sem muita enrolação e com muita ação, mas que também agrada ao público que gosta de um bom romance, nesse caso, é um anime altamente recomendada para se assistir a dois rsrs.

Ficha Técnica

  • Título Original: Cho Jikuu Yousai Macross
  • Estréia no Japão: 03/10/1982
  • Número de episódios: 36
  • Produtoção: Shoji Kawamori
  • Criação: Studio Nue & Artland e Tatsunoko
  • Trilha Sonora: Kentaro Haneda

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