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Faz um tempinho que li Divergente, mas o livro que abre a trilogia distópica me chamou muito a atenção. Num futuro não muito distante, após uma grande guerra, as pessoas que vivem em Chicago são divididas em facções: Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição. Ao completar 16 anos, todos os jovens realizam um teste de aptidão, que aponta a qual facção ele pertence. Em uma cerimônia, os jovens escolhem continuar na facção de origem e com sua família, ou mudar e seguir um caminho completamente diferente. Facção antes do sangue.

Beatrice Prior é da Abnegação, ela não pode se olhar no espelho, veste roupas surradas, não tem vaidade e sua principal tarefa é ajudar o próximo. Mas ela não se sente completa assim. No dia do seu teste, algo raro acontece e ela é alertada a não chamar atenção porque é uma divergente e pessoas assim não são bem quistas nessa sociedade. Ser divergente é não ficar preso a uma característica só, é ser dono do próprio destino, é querer ajudar o próximo, mas também ser inteligente, ousado, corajoso, franco, enfim, ser todas as facções juntas e muito mais. O problema é que alguém assim pode colocar abaixo todo o sistema atual e óbvio que ninguém no comando quer isso. Essas pessoas não podem ser controladas!

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No dia da escolha, Beatrice ousa e escolhe a Audácia, casa dos destemidos, e se separa de sua família. Lá ela se torna Tris e passa por uma jornada de crescimento, afasta seus medos e tenta descobrir quem é de verdade. Claro que há um cara, mais experiente, gato, charmoso, que chama a atenção de Tris e vice-versa. Enquanto tenta permanecer na nova facção, Tris também tenta descobrir os planos da Erudição em tomar o poder das mãos da Abnegação e a partir daí a história daquelas pessoas passa por grandes mudanças.

Quase esqueço de comentar que há pessoas sem-facção, que falham nas escolhas ou desistem delas, então vivem nas ruas e são alimentadas pelas pessoas da Abnegação. Na Audácia, quem é eliminado vira um sem-facção, destino de muitos jovens que não se mostram capazes de aguentar o tranco.

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Eu gosto da trama, da ideia central e do que os divergentes significam, apesar de concordar com uma crítica que li sobre o porquê daquelas facções, se as pessoas aceitaram de boa essa divisão, etc. O que li que é explicado no terceiro livro, que eu ainda não pude conferir. Como uma amiga comentou, a autora não tinha em mente todos os detalhes da trama quando escreveu, então virou sucesso, ganhou adaptação para o cinema e ela nem sabia descrever as coisas ao certo. Não sei onde ela leu sobre isso, mas ela leu. Enfim. Considerando tudo isso, os produtores fizeram um excelente trabalho.

Como eu li o livro, não me senti nem um pouco perdida em nada. Creio que quem não leu deva ter entendido a ideia, conseguido acompanhar o raciocínio. Terminei de assistir bem contente com o resultado, mas queria que certa personagem tivesse morrido logo, no entanto, sei que ela tem muito que aprontar ainda. A ideia central do livro está toda lá e as partes mais legais, como a roda gigante e o voo pela cidade, que fiquei tensa!! Os envolvidos na produção tiveram grande sensibilidade.

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Nossa, como eu odiei ainda mais o Erik, mas também como adorei o Quatro. Gente, olhando assim, a primeira impressão é que o personagem deveria ser feito por alguém mais “tchan”, só que o Theo James arrasa no papel. Cara charmoso, senhor!! Ficou perfeito no papel. Nem preciso falar nada da Shailene, mostrou que segura bem o forninho e a pressão de mais de um papel importante no mesmo ano, representando personagens de livros de sucesso.

As mais de duas horas de filme foram bem aproveitadas, cenas boas, atuações interessantes e um resultado bastante bom. Claro que tem mudança, claro que não tem alguma coisa do livro, claro que tem falhas, mas eu gostei bastante do que vi, mesmo.

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Agora é aguardar Insurgente, marcado para estrear em 19 de março de 2015.