the voice

Quando comecei a assistir ao The Voice adorava tudo no programa, principalmente o senhor Adam Levine. Mas com o passar das temporadas, as leituras de alguns artigos e conversas com amigos, as coisas estão mudando. Já não tenho mais aquele ânimo de acompanhar os episódios, principalmente depois de comprovar o que li – se não me engano, no Box de Séries. Nessa temporada ficou muito claro que as pessoas não escolhem quem canta melhor e, talvez, esse seja o maior problema em deixar para o povo esse tipo de escolha.

“Ah, eu adoro o Adam, ele é meu favorito, por isso só vou votar para ficar aqueles que são do time dele”. A maior prova disso é o Adam – cuidado spoiler de finalista – ter um representante entre os quatro finalistas desta edição da atração. Era certo, desde o fim das blinds, que o time do Adam era o pior de todos, disparado. Um ou dois, no máximo, se safavam. Ele ainda ficava insistindo naquela sem sal, chata, com nenhuma empatia da Deanna. Nossa, não conseguia gostar dela e ver o Adam abrir de gente melhor por ela me deixou mordida. Aí ficou com o Joshua, que é querido, gente boa, de família, estilo Josh, mas que já devia ter ido embora há eras. Ainda eliminou uma das concorrentes que eu considerava das mais fortes, digna de ser a campeã. Tudo porque é do Adam. Sacanagem, gente.

Se você acompanha praticamente quando sai o episódio na Sony – se não, cuidado com spoiler -, já sabe que estou falando da Kimberly, a mulher é muito talentosa. Ela dava show de perfomance, de voz, simpatia, tudo. Mas foi eliminada porque caiu com um do Adam e, pelo que eu li um ator disse que ia seguir no Twitter todo mundo que votasse na India. Foi aí que eu comecei a desanimar com o reality. Claro que eu entendo que deixar nas mãos do público é ter o que mais agrada geral na final e vencendo, que nem sempre a opinião maior é igual a minha, mas acredito que pelo menos a voz e a entrega no palco devessem contar.

Kimberly

Eu e o maridão elegemos o Sawyer como nosso favorito desde o início. Meninote, gente boa, simples, tímido, que ama mesmo fazer música. Mas nós também sabíamos que ele tinha limitações. Precisa aprender algumas coisas ainda. Ele é ótimo, a voz é ótima, mas até aqui ele parece cantar sempre o mesmo e fazer sempre as mesmas coisas. Ele não precisa cantar melhor, mas precisa entreter melhor. O garoto ainda levou sorte porque a galera viu nele o que nós também vimos e nem deram bola pra parte mais crítica do que escrevi. Ele é o favorito, basta dar uma olhada nos comentários da página do programa no Facebook.

Mas eu realmente pensei que a Christina seria a primeira mulher a vencer a competição, já estava na hora. Não será dessa vez, no entanto, então torço, mesmo que ele não seja 100% ainda, para que o título fique com o Sawyer e com o Pharrell, que é um mentor ótimo. Isso até para tirar a vitória das mãos do Blake e do Adam, daqui a pouco fica mais chata ainda essa história dos dois acumularem mais ganhos. Também não acho justo com os outros mentores que estão sempre trocando, afinal, os dois ganham um público cativo, que gosta deles e vota nos artistas deles.

sawyer

Será que Christina volta ao programa depois de mais uma decepção dessas? Nadar, nadar e morrer na praia, sabendo que tinha os melhores nadadores para dar conta do recado? É difícil, desanima. Sempre que começa mais uma temporada do programa, que eu comecei a acompanhar na quinta temporada, eu torço pro Adam. Ele é meu favorito, mas com o andar da carruagem, vou elegendo quem eu acho que canta melhor e tem todos os atributos para vencer. Nessa edição, tinha que ser a Christina.

xtina

Amanhã a Sony exibe a final ao vivo, desejo muita sorte a quem vencer, porque o meio artístico, musical, não é para qualquer um e não se ganha espaço sozinho, a não ser em raras exceções. Xtina, por exemplo, apoia a Jackie Lee até hoje, ela apresentou no programa uma música composto pela Sia. Sucesso. Já o Craig Wayne Boyd, que ganhou a temporada passada, pelo que li, já está sem gravadora. O cara largou emprego, correu atrás do sonho e pode ficar sem nada depois disso. É capaz da Kimberly gravar um disco com apoio da Xtina e fazer mais sucesso que o ganhador desta primeira edição de 2015.

Aí vem outra reflexão: duas edições por ano não é demais? Mal acaba uma e logo começa outra, as atenções se voltam aos novos competidores enquanto os antigos são esquecidos rapidamente. Difícil quem lembra de todo mundo que competiu ou pelo menos do Top 10 passado. Eu não lembro. Para evitar a fadiga e dar mais espaço a quem disputa o título de The Voice, a produção devia pensar em produzir uma temporada por ano, mais espaçada, com apenas um episódio por semana. Dar mais tempo para aqueles cantores garimparem o sucesso enquanto ainda são lembrados por terem participado do show. Caso não mudem nada, o programa fica cada vez mais sem graça e sentido, com seus competidores sendo esquecidos cada vez mais rápido.

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Fim de desabafo.

*Indignação surgiu depois de ver o nome dos quatro finalistas.

*Ideia para o post e o conteúdo de muito do que escrevi veio de conversa com a Luciana Mara. *-*