metrica

A grama do vizinho é sempre mais verde, já nos diz o ditado popular. E é mesmo. Prova disso são meus mais de 200 livros (devem ser bem mais) não lidos em casa e eu pegando publicações emprestadas para ler. Direto de Belo Horizonte ainda. Enfim, Métrica e Pausa foram dois dos quatro livros que a Nanda me emprestou e estou adorando me jogar neles. Terminei o primeiro na segunda-feira e em seguida já comecei o segundo. O jeito que Colleen Hoover escreve é uma delicinha. Difícil de não gostar.

Conheço a autora e os títulos da internet, redes sociais e blogs, sempre quis ler, mas nunca comprei e foi uma surpresa bem positiva. Afinal, a leitura rendeu tanto que me superei esse mês, li dois livros, o que não vinha acontecendo tem um tempo. E já estou embalada na leitura de outro, que sou bem capaz de terminar essa semana ainda – já matei mais de 100 páginas.

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No livro, que tem uma carga dramática bem forte, Layken acaba de se mudar com seu irmão – que tem meu apelido –, Kel, e sua mãe para a pequena cidade natal dela. A mudança ocorre pouco tempo após a morte do pai da garota, que deixou todos abalados. Assim que chegam, Lake descobre que em frente a sua casa mora um carinha tudo de bom e a conexão entre eles é quase instantânea. Como geralmente acontece em outros romances. Só que a parte original aqui é que Will não é só um gatinho, inteligente, simpático, gentil, etc, ele é o responsável por seu irmão mais novo, Caulder, e tem feridas enormes em seu coração. A bagagem emocional aqui é extrema.

Depois de se envolverem após poucos dias, Lake e Will descobrem uma coisa frustrante. Ele é professor da garota na nova escola e o tipo de relacionamento que eles iniciaram não pode ter continuidade. Não porque ela não seja importante para Will, mas porque criar Caulder é ainda mais. Will não pode se dar o luxo de perder o emprego, mas ver Lake todo dia também não é nada fácil. Os dois precisam se adaptar e para isso ela conta com a ajuda de Eddie, sua nova melhor amiga de todos os tempos. Uma garota com um passado doloroso, mas com um presente incrivelmente pra cima.

Para ajudar, Kel e Caulder viram melhores amigos e ficam grudados o tempo todo. Levando Lake e Will a se encontrar mais vezes do que gostariam, já que toda vez dói o fato de não estarem juntos. Como tristeza pouca é bobagem, a mãe de Lake ainda esconde um segredo, que vai balançar as estruturas da família e respingar um pouco também nos vizinhos da frente. Para suportar mais esse baque, Lake precisa de Will e ele estará lá.

Eu simplesmente fui sugada pelo enredo criado pela Colleen. O toque de mestre da autora foi mesclar as partes tristes e emotivas, que são inúmeras, com a irreverência das crianças. Kel e Caulder são o máximo e rendem boas risadas durante o livro. Quero eles pra mim! Aliás, pensando bem, não tem nenhum personagem detestável no livro, Javi tem seus momentos, mas nada ao extremo. Deve ser por isso que é tão fácil se deixar puxar para dentro do livro. Eu realmente adorei a experiência e agradeço já ter a continuação para ler, apesar de saber que vou me frustrar com o conteúdo dela.

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Valeu, Colleen, por me fazer ler mais de um livro no mês.