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Aquele fim de ano fora tenebroso para Mikael Blomkvist, jornalista econômico e sócio da revista Millennium. Tudo começou com uma super revelação de um amigo sobre os podres de um grande empresário. Mikael iniciou sua pesquisa para desmascarar o cara, mas caiu em um golpe e o denunciou em sua matéria com falsas provas, fotos alteradas e documentos que nada valiam. A “calúnia” rendeu ao jornalista a condenação por difamação e a pena de três meses de prisão. Nada mais terrível para sujar a carreira e denegrir a reputação de um profissional desta área. Mikael estava fadado ao fracasso e levava consigo sua revista, sua sócia (amiga e amante) e todos os colaboradores.

Indignado, mas ao mesmo tempo certo de que a punição fora merecida, Mikael recebe uma visita misteriosa e um convite estranho. O poderoso Henrik Vanger queria lhe ver e lhe fazer uma proposta. Mikael foi fechado para o encontro, não aceitaria o que quer que fosse e nem entendia o que o velho, de mais de 80 anos, poderia querer com ele. Avesso a qualquer história que Henrik pudesse lhe contar com a intenção de lhe causar interesse, Mikael apenas escutou por educação. O seu trabalho seria escrever uma biografia da família Vanger e no meio disso tudo tentar descobrir o que ocorrera com Harriet Vanger, que sumira há mais de três décadas da ilha em que a família mora. Henrik tem a ideia fixa de que a jovem, na época com 16 anos, fora assassinada por alguém da própria família. Para tal função, Mikael precisaria assinar contrato de um ano e receberia uma bela quantia em dinheiro, que aumentaria caso o mistério de Harriet fosse desvendado. Ele foi realista, como um jornalista seria capaz de resolver um mistério que ocorreu há quase 40 anos e que profissionais da área não foram capazes de solucionar? Mas Henrik tinha uma carta na manga, que baixou a defensiva de Mikael e o fez aceitar a proposta: Henrik disponibilizaria à Mikael provas de que ele precisava para provar a culpa do empresário que estava acabando com sua carreira. Quem no auge da fúria não aceitaria?

O sim para a proposta de Henrik levou Mikael até um verdadeiro fim de mundo, a cidadezinha de Hedestad. Lá Mikael cavoca, cavoca e acaba encontrando pistas, vindas dos lugares mais inesperados. Chega a um ponto onde precisa de ajuda e é quando Lisbeth Salander aparece em seu caminho.

A jovem de 20 e poucos anos é diferente, tratada como doida pelas “autoridades”, mas de uma inteligência gigante. Capaz de hackear computadores, com uma memória fotográfica e dona das pesquisas mais completas sobre quaisquer pessoas. Se você tem um podre e alguém quiser saber, ele não escapa da audácia de Lisbeth. Ela é empregada da Milton Security e foi responsável pelo dossiê de Mikael encomendado por Henrik. E quando os caminhos de Mikael e Lisbeth se cruzam, não só o mistério de Harriet fica mais próximo de ser resolvido, horrores que sequer eram imaginados são descobertos, assim como a identidade dos homens que não amavam as mulheres.

Devo confessar que o livro demorou para me conquistar, não sei explicar o porque, mas ele não me empolgava e eu não podia acreditar, não aceitava. Como é possível uma série tão elogiada não surtir o mesmo efeito em mim? Pois bem, não foi por muito tempo que fugi à regra, fui fisgada. O enredo ficava mais e mais interessante, cheio de suspense e eu não queria parar. Tantos mistérios, tantas cenas repulsivas e inacreditáveis, tantas reviravoltas, que é impossível não querer saber onde tudo vai parar. Stieg Larsson é altamente recomendado.

Informações

  • Título: Os Homens que Não Amavam as Mulheres
  • Autor: Stieg Larsson
  • Editora: Cia Das Letras
  • ISBN: 9788535913248
  • Número de Páginas: 524

Curiosidade

 O filme baseado no livro já tem seus protagonistas definidos. Daniel Craig, o James Bond, viverá Mikael Blomkvist e a atriz Rooney Mara, que atuou em A Hora do Pesadelo, será a intérprete de Lisbeth Salander na produção hoolywoodiana. A estreia está definida para 21 de dezembro de 2011, com direção de David Fincher (O Curioso Caso de Benjamin Button), roteiro de Steven Zaillian (Gangues de Nova York) e produção de Scott Rudin (Simplesmente Complicado). No ano passado foi lançado na Europa o longa Os Homens que Não Amavam as Mulheres dirigido por Niels Arden Oplev, a produção faturou ao redor do mundo mais de US$ 100 milhões e chamou a atenção de Hollywood. Fonte: Adoro Cinema

os-homens-que-não-amavam-as-mulheres-livroNova capa do livro. Prefiro a outra, muito mais bonita.