instintos-crueis

Tenho muitas coisas boas para listar sobre este livro, o primeiro que li do Book Tour da Editora Underworld e da autora Carrie Jones. Mas vou começar pelo que vemos primeiro: a capa. É linda, assim como quase ou todas as capas da editora. Gosto muito dela porque passa todo o mistério e a escuridão encontrada no Maine na época do inverno, quando o sol se põe bem cedo, e onde se passa a trama. Mas representa bem também a escuridão da vida da personagem principal. O que me leva a outro ponto positivo, a protagonista.

Zara White é diferente, não há como negar. Assim como não é difícil perceber que ela passa por uma fase nebulosa de sua vida, tentando superar a perda de seu padrasto, que foi o único e o melhor pai que já conheceu. Obcecada por fobias, acredita que “quando se dá nome às coisas, fica muito mais fácil entendê-las”. Portanto, é o desconhecido que lhe causa mais pavor. Tem seus momentos de mimimi, mas sabe ser forte, enfrentar o perigo e tenta resolver ela mesma as coisas. Se o desconhecido lhe causa medo, é uma pena, porque foi para um lugar assim que ela foi, a pequena cidade do Maine.

Devido a sua total falta de alegria, energia, e porque não dizer “vida”, sua mãe a manda para cidade em que já viveu, para passar uns tempos com a mãe de seu padrasto, a senhorinha mais queridona de todos os tempos. Mas desde o aeroporto ela sente que alguém a segue e isso lhe causa um frio na espinha. Um medo quase tão grande quanto chegar numa escola nova, sem conhecer uma viva alma lá dentro. Apesar disso, Zara não tem dificuldade em fazer novas amizades, as faz tão rápido quanto consegue uma grande inimiga patricinha. E lá vem outro ponto positivo, os personagens coadjuvantes.

Issie é a pessoa mais fofa do mundo no livro. E me lembrou muito a Alice de Crepúsculo, é aquela personagem que é impossível não amar e não querer apertar. Uma verdadeira criança, que ama os coelhos, preciso ressaltar. Fofa, fofa, fofa. Devyn não é menos queridão. Amigo para todas as horas e a alma gêmea de Issie, fato. Então aparece Nick *suspira*, o mocinho mais charmoso e protetor de todo o Maine. Às vezes super protetor, mas dá para entender seus motivos com o andar da leitura. É, Edward e Cabel, acho que vocês precisam arrumar mais um espacinho aí no meu coração para este rapaz.

É como se meus lábios pertencessem àquele lugar, à boca dele… logo ali. Uma partezinha de mim finalmente encontrou um lugar em que ela se encaixa.

O fato é que Zara não estava imaginando coisas, existe mesmo um cara muito sinistro a perseguindo e rondando sua escola, seus passos. O mais incrível e inacreditável é que por onde o perseguidor passa deixa um pó dourado. O que diabos isso pode ser? Não pode ser um humano que carrega um pozinho para onde vai, não é? Não pode ser. O que nos traz a outro ponto favorável ao livro, um sobrenatural original. Nunca antes lido por mim.

Resumindo: Zara está depressiva após a morte de seu pai, sua mãe então a manda para o Maine para passar um tempo com a avó. Nesse meio tempo ela faz amigos e inimigos, além de descobrir que há um cara a perseguindo. Então ela vai atrás de respostas e encontra aquilo que lhe dá mais medo, algo até então desconhecido. Mas ela nem imagina que muito mais vem por aí. Revelações, muitas revelações estão prestes a cair sobre ela sem nem mesmo avisar. E ela vai ter que ser forte para assimilar e lidar com tudo.

A única coisa que me assusta agora sou eu. A futura Zara que eu posso vir a me tornar. Aquela que nunca quero vir a ser.

Esse é o primeiro livro da série Need, que lá fora já tem Captivate e Entice lançados, com o próximo e quarto livro anunciado para 2012. As capas de lá também são lindas. Mas olha, o trabalho da Underworld com o livro foi primoroso, cada início de capítulo tem uma arte e os nomes são de fobias, a obsessão de Zara. Nota 10.

need

Porém, nem tudo são flores. Apesar de todos os pontos positivos não posso deixar de listar algumas coisinhas que me incomodaram durante a leitura, os muitos erros de digitação. Quando são poucos eles nem influenciam, mas o número aqui foi grande. Falta de vírgulas, letras “comidas” e trocadas, além de uma frase ou outra com tradução sem sentido. Dois exemplos: “ume enfermeira” e “dirigindo pelos mais de 20 quilômetros até aqui”, 20 quilômetros nem é tanto assim, visto que ela iria de avião se não fosse de carro, então suponho que o correto seria 200 quilômetros. Estes são só dois exemplos, mas houve mais, por isso que incomodou. Mas num balanço geral o livro é muito, muito bom e merece ser lido.

2j0y1s6 Parabéns para a Editora pela iniciativa. ;)

Beijos!