a_menina_que_brincava_com_fogo

Não me admira que os direitos dos livros da trilogia Millennium tenham sido comprados para virar filmes, durante toda a leitura eu imaginava que Stieg Larsson só poderia ter escrito os livros com esse fim em mente, imaginava todas as cenas de ação, e devo garantir, os filmes serão um sucesso. O segundo livro da série, A menina que brincava com fogo, não teve toda aquela introdução extensa do livro de estreia, o que ajudou bastante no fluir da leitura. O mistério, suspense e a emoção estão presentes em todo o livro.

Stieg tem a capacidade de costurar cada trama uma na outra, ligando os enredos, nos mostrando os motivos de cada ação e, de forma brilhante, consegue nos surpreender mais de uma vez durante as 608 páginas da obra. Muitas vezes me peguei boquiaberta com as revelações feitas, o cara era um escritor magnífico e de imensa criatividade, apesar de algumas vezes a narrativa se tornar cansativa. No entanto, todo o resto compensa.

Em A menina que brincava com fogo Mikael Blomkvist está às voltas com mais uma reportagem polêmica para a revista Millennium. Dag Svensson, jornalista free lancer para a matéria em questão, está cutucando a onça com vara curta, denunciando usuários e cafetões do comércio sexual da Suécia e não há melhor lugar para dar credibilidade ao seu trabalho senão a revista Millennium e é pela editora da revista que ele pretende lançar seu livro, com muito mais detalhes sobre o assunto. Sua companheira, Mia Bergman, investiga casos deste tipo e baseia sua tese nele. O plano é prender os envolvidos e lançar o livro no mesmo momento. Mas já devemos ter consciência de que nada acontece como o planejado.

O segundo livro também nos deixa conhecer melhor a destemida e diferente Lisbeth Salander. Uma mulher que não gosta de ser notada e que de repente torna-se a pessoa mais exposta da Suécia. É difícil não gostar de Lisbeth, enquanto leitora, mas que a garota é complexa, ah isso ela é. Também não poderia ser diferente, Lisbeth fora muito maltratada pela vida e arrumou um jeito só dela de se defender. Aqui ela também reconhece que tem amigos, poucos, mas verdadeiros e leais. A menina que brincava com fogo não gosta de homens que não amam as mulheres e isso resulta em um enredo alucinante, fascinante e cheio de surpresas.

A Menina Que Brincava Com Fogo filme Capa do filme sueco: A menina que brincava com fogo