gone - desaparecer

Toda despedida é dolorosa, ainda mais quando envolve um personagem a quem a gente (leia-se eu) se apega tanto. Despedir-me de Cabel foi triste, mas inevitável, já que a estória dele e de Janie chegou ao fim pelas mãos de Lisa McMann. Gone conseguiu ser um fim bom para a trilogia Wake, mas para mim ficou faltando alguma coisa, foi tão rápido. Passou voando. Talvez eu tenha sentido isso porque queria ficar um pouco mais na companhia de Cabel, mas os fatos provam: enquanto os dois primeiros se passaram em mais tempo, este último narrou os acontecimentos de cerca de uma semana.

De férias com Cabel, seu irmão e a cunhada, longe de olhares curiosos e das pessoas que agora sabem que é uma agente da narcóticos, Janie pensa sobre o futuro. Ainda está confusa depois de descobrir as consequências físicas de seu “dom” e de ver através dos sonhos de Cabel como ele está lidando com isso. A cabeça de Janie está completamente cheia, precisa decidir se vai se isolar para retardar os danos ou se continua com seu trabalho e sua vida, deixando os danos cada vez mais próximos. E ainda precisa lidar com Cabel, com seus medos não expressados. Quando parece que nada pode piorar, Janie recebe uma ligação de Carrie (sua melhor amiga) contando que sua mãe, bêbada, surtou e que estava a caminho do hospital. Mas isso ainda não é o pior, o motivo de sua mãe ter surtado foi uma ligação do mesmo hospital dando notícias ruins sobre seu pai. Um pai que ela nunca conheceu, nem mesmo sabia que estava vivo e que chega como um furacão, bagunçando tudo na vida de Janie.

Ciente de que tem problemas suficientes para lidar, Janie procura manter distância de Henry, seu pai. Afinal, não quer se apegar a uma pessoa que está prestes a morrer. Ela não precisa sofrer mais. Mas no fundo ela sabe que não vai conseguir ficar sem saber quem é o cara que engravidou sua mãe e sumiu. Sua sorte é ter sempre Cabel ao seu lado, mesmo que, em crise, ela tenha meio que dispensado ele um pouco. Como comentei acima, foi tudo muito rápido. Muito sofrido, mas satisfatório. Não gostei do Cabel do começo, mas depois ele se mostrou ser o mesmo de sempre, um fofo, super especial. O cara que Janie precisa em sua vida.

Aliás, a Lisa poderia lançar uns livros só de Cabel. Hahaha

Como os outros livros, Gone é fininho, 200 páginas, com letras grandes e espaçadas, para ser lido num tapa. Agora fico aqui, sentindo as saudades do Cabel. E vocês, tenham uma ótima quinta-feira.

Beijos