a-negociadora-dee-henderson Eu e minha mania de ficar doida com inscrições de book tour, colocando meu nome em todos os formulários que via sem nem ao menos conhecer alguns livros e nem saber do que se tratavam. Tive muitas surpresas boas, mas também já fiquei desapontada. O fato é que isso é passado, pois perdi a conta de book tours que participo e decidi parar. Enfim, há algumas semanas chegou lá em casa o livro A Negociadora, de Dee Henderson, do book tour promovido pela Cíntia do Free to be me e é sobre ele que vou escrever hoje.

Uma coisa que eu não sabia sobre o livro é que ele é um tipo de ficção evangélica, descobri só durante a leitura e procurando depois. Confesso que não gosto de ler livros com essa temática religiosa, não é o meu tipo e ponto. Quando bati o olho na capa e li as primeiras linhas da sinopse fiquei muito empolgada, gostei muito da proposta da autora. Uma família formada por sete crianças que viviam em um orfanato, uma família que se escolheu e que não poderia ter outro resultado senão união, amor e companheirismo. É muito gostoso de ler as partes em que a protagonista deste livro, Kate, passa com seus irmãos, há muita cumplicidade entre eles.

Kate, como vocês podem imaginar, é a negociadora do título do livro, o primeiro da Série O’Malley. Em um de seus trabalhos, tentando impedir que um homem exploda a si e seus reféns dentro de um banco, ela conhece Dave Richman, um agente do FBI. Depois de toda a repercussão do caso, Kate passa a receber telefonemas e presentes estranhos, que indicam que alguém quer atentar contra sua vida. Até que o novo caso seja solucionado todo cuidado é pouco, ainda mais quando em um telefonema antes de um grande atentado, o nome de Kate é usado. Com tudo isso, priorizando a segurança de Kate, ela e Dave ficam muito próximos.

A relação dos dois é bem gostosa, são daquelas pessoas que mesmo se conhecendo há pouco tempo parece que se conhecem desde sempre. Uma amizade intensa cresce entre eles e tem hora que de tão protetor o Dave fica chato, mas tudo muito saudável. E ele se encaixa tão bem que em pouco tempo já é considerado da família pelos irmãos de Kate. O negócio de religião entra quando Dave se diz cristão e Kate é incrédula, ele tenta fazer ela crer em Deus, depois a irmã dela também e foi a parte que mais se arrastou na minha leitura.

O que o livro não deixou a desejar foi toda a parte de ação, suspense em relação ao cara que ameaçava Kate e a tudo que apareceu quando investigavam a fundo o grande atentado que citei acima. O desenrolar foi muito bom, satisfatório, mas confesso que eu desconfiei bem cedo de quem seria o culpado da estória. Fiquei curiosa para saber mais sobre a família O’Malley, mas não acho que vá atrás dos outros livros. Pelo menos não agora.

A série O’Malley é composta por seis livros, cinco deles já foram lançados no Brasil. Cada um conta a história de um membro da família O’Malley: Kate, Marcus, Lisa, Jack, Rachel e Stephen. A caçula Jennifer não tem um livro próprio, mas ao que parece será peça fundamental nas histórias de cada um dos irmãos. Há também um prequel que fala de Sara, irmã de Dave. Fonte: Free to be me

E uma coisa que me incomodou bastante, mas bastante mesmo na leitura foram os erros de tradução, que deixavam algumas frases sem sentido. Também percebi erros de digitação, falta de vírgulas, essas coisas que vão incomodando ao decorrer da leitura.

No fim o que posso escrever é que gostei do livro. Mas ele não entrará para minha lista de favoritos. Não sei se foi o momento errado para a leitura dele e por isso não rendeu tanto quanto eu pensava que renderia, na verdade, acho que foi isso sim. Como vocês devem se lembrar, li ele depois de ler Becky Bloom e estava super empolgada com a leitura. Mas não consegui engrenar de forma satisfatória a leitura deste livro de jeito nenhum. E isso me deixou frustrada, porque gostei de muita coisa no livro, os personagens, a escrita, a trama policial.

Beijos!