Cartas para Julieta
Quando nos mudamos para nossa casa, acho que há uns dois anos, depois de um dia inteiro de trabalho e muito cansaço, eu e o maridão colocamos um filminho para assistir e relaxar, já adivinharam que foi o que intitula esse post, né? Pois é, só que naquele dia o cansaço nos venceu e nunca mais terminamos de ver. Então, há duas semanas, enquanto estava em casa de bobeira e procurando filmes bons, o encontrei. E adorei!!
Primeiro, o filme me deixou com uma vontade ainda maior de ir correndo visitar a Itália e passar por Verona se tornou obrigatório. Segundo, o pano de fundo da história é tão romântico, tão lindo, que é praticamente impossível não suspirar em algum momento do filme.
Sophie, personagem da lindinha Amanda Seyfried, sonha em escrever, mas até agora não passa de uma “colhedora” de informações. Antes de seu noivo abrir um restaurante, eles aproveitam e fazem uma prévia da lua de mel em Verona. O cara, vivido por Gael García Bernal, é o pior noivo do mundo. Sério. Eles viajam para um dos lugares mais românticos do planeta e tudo o que ele quer fazer é experimentar comidas, ir a leilões de vinhos, pricurar fornecedores e nem se sente mal em deixá-la sozinha por dias quando aquilo era para ser uma espécie de lua de mel!! Não me conformei com isso. Sophie não quis demonstrar que também ficou bem magoada com todo o descaso de Victor desde que chegaram, então tratou de aproveitar Verona de seu jeito.
Em uma visita ao muro de Julieta, um local extremamente visitado, ela percebeu uma mulher retirando as cartas que as pessoas colocam no local e a seguiu. Pausa para eu contar para vocês que em uma cena tem um turista batendo foto apalpando os peitos da estátua de Julieta. Pobre coitada. Voltando, ao chegar no local que a mulher levou as cartas, Sophie descobre as assistentes de Julieta. Elas respondem a todas aquelas cartas e isso é, no mínimo, empolgante. Logo, Sophie também quer fazer parte do grupo – isso enquanto seu noivo aprende umas receitas novas, sem noção – e logo no primeiro dia ela encontra uma carta antiga, datada de 1957, escondida atrás de um tijolo.
A carta foi escrita por Claire Smith e contava sobre um amor proibido, vivido ali mesmo na Itália. Mas que não terminou com um final feliz pois ela precisou voltar para sua cidade natal e deixar seu verdadeiro amor para trás, Lorenzo. Sophie pede para responder a carta e escreve um texto inspirado, tão inspirado que leva Claire de volta para a Itália, em uma aventura na busca de seu amor perdido. Aliás, ela e seu neto, Charlie, que não ficou nada contente com a decisão da avó viúva. Só que vocês não imaginam quantos Lorenzos Bartolini existem por ali. Na busca pelo cara certo, Sophie oferece sua ajuda e pede permissão para escrever sobre a história, passando a conhecer melhor a adorável Claire e seu neto emburrado.
O filme é lindo!!! A começar pelo local, não haveria lugares mais bonitos e acolhedores dos que os mostrados na produção, que foi dirigida por Gary Winick. E acompanhar uma senhora na busca por sua verdadeira paixão é incrível, também é triste e dói o coração cada vez que ela encontra um Lorenzo que não é o dela. Cheguei até a concordar um pouco com a bronca que Charlie inicialmente deu em Sophie, afinal, Claire era uma senhora de idade e decepções não fazem bem para ninguém, na idade que for. A cada negativa ela ia ficando cada vez mais triste. Uma dó.
Charlie é incrível, não lembro de ter visto o ator Christopher Egan em outros filmes, gostei muito do trabalho dele em interpretar um jovem rico e cheio de sarcasmo. Impossível não gostar dele e não torcer para que Sophie goste dele também, ainda mais com aquele noivo lá. Todo o conjunto forma uma obra de romance muito boa, com alguns clichês, é claro, mas extremamente gostosa de conferir. Recomendo.
Curiosidades
- Inicialmente seria Hugh Dancy o intérprete de Victor.
- Vanessa Redgrave (Claire) e Franco Nero (Lorenzo) são casados na vida real. Que fofo!!
- Este foi o último filme dirigido por Gary Winick, que faleceu em 27 de fevereiro de 2011, aos 49 anos. Ele tinha câncer no cérebro. Triste.
- Esta é a segunda vez que Amanda Seyfried representa uma personagem chamada Sophie. Este também era o nome do seu papel em Mamma Mia! - O Filme (2008).
Beijos e que todos tenhamos uma quarta-feira sensacional – e romântica.
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