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A maioria de nós tem uma mania de se manter onde é seguro, não arriscar. Sou dessas. Morro de medo de dar o passo maior que a perna, gosto de ter todos os riscos calculados e só então dar o passo, a não ser quando a situação nos força a fazer exatamente o contrário. Lá em 2006 ou 2007 eu estava no meio, quase fim, da faculdade e trabalhava vendendo celulares. Tinha meu salário garantido, não estava ótimo, mas estava bom. Para que mudar? Até que fizeram uma limpa e demitiram geral. Minha primeira demissão, muito choro e lamentação.

Ai meu coração

Um tempo depois surgiu a oportunidade de trabalhar em um jornal, escrevendo matérias, que era tudo o que eu queria, para o que eu vinha me preparando. Consegui o emprego e fui ganhando cada vez mais experiência, fazendo coisas novas e inéditas. Nossa, lembro quando vi meu nome publicado em uma matéria pela primeira vez, foi uma festa! Então, se passaram oito anos ou mais, as coisas foram mudando, continuei aprendendo, mas voltei para aquele lugar acomodado. Não está ótimo, mas está bom. Tenho regalias, tenho meu salário garantido, ah, melhor nem arriscar.

Adivinhem? A vida chegou para me balançar. O jornal vai fechar as portas, depois de 12 anos – a crise não está fácil para ninguém. Chegou o momento de parar, não dá mais e o chefe decidiu acabar. Neste sábado o último Jornal O Esporte será distribuído. A primeira reação foi choque, completo. Depois o medo do que vem pela frente, ainda mais na situação atual do país, mas como já cantava Fergie alguns anos atrás ♪Big girls don’t cry ♪. Achei que ia desabar, chorar litros – afinal eu sou a maior chorona do mundo -, mas descobri em mim um sentimento diferente. De lutar, de vencer e conquistar o meu lugar.

arriscar

Inclusive, virei adepta do “o não a gente já tem” para fazer dar certos meus planos futuros. Não adianta em nada chorar pelos cantos, mas confesso que ainda estou um pouco neurada. Tenho direitos, seguro desemprego e outras coisas para receber, não vou ficar na mão, mas minha cabeça simplesmente não para de criar alternativas para continuar contribuindo com a renda da casa. É incrível o que acontece.

Descobrindo sobre o fim do jornal, comecei a mexer meus pauzinhos. Parada eu não vou ficar, meu bem. Então estou colocando em prática uma ideia que há muito pipocava na minha cabeça, mas que tinha medo de iniciar e investir. Agora sou KBS Assessoria e presto serviços de assessoria de imprensa para atletas, equipes esportivas, lojas e empresas. Já venho fazendo o trabalho com a Assessoria Esportiva Run4health e tem dado super certo.

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O resultado positivo com a equipe que me fez criar coragem e meter a cara. Isso e o apoio de pessoas muito, mas muito, especiais que estão ao meu redor. Só tenho que agradecer as palavras de cada um, que me fizerem ser forte e não derramar milhares de lágrimas nesse período de mudança. Se a chacoalhada veio, deve ser para adicionar o açúcar que estava lá no fundinho parado, né?

Vamos que vamos! Ah, se você tem interesse no serviço, claro que está convidado para bater um papo e negociar detalhes. Estou disponível inicialmente no kbs.assessoria@gmail.com e também através da página no Facebook.

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