Ando bem leitora ultimamente (que ótimo, porque a situação estava caótica). Minha mais recente conclusão é uma história de Sarah Dessen, que escreve tramas jovens, com os percalços da idade e algum plus familiar. Os bons segredos é de 2015 e tem Sidney como protagonista (do livro, porque da vida dela estava longe de ser). A caçula de dois irmãos sempre foi deixada de lado diante da beleza extrema e brilhantismo do irmão, Peyton. Ele era tudo, ela era o que sobrava, mas ela nem se importava, até gostava de ser invisível, até que percebeu quão importante é ser vista.
Peyton passou de prodígio perfeito a problema certo enquanto os pais tentavam encobrir e minimizar os danos causados por ele, até que uma ação irresponsável dele o tirou do convívio familiar. O problema é que a mãe de Sidney não aceitava que ele estava em um lugar que deveria discipliná-lo e, mesmo onde estava, ele era o centro das atenções e preocupações. Aos 16 anos, Syd decidiu sair da escola particular para amenizar os gastos, o que significava ficar longe das amigas e entrar em um lugar repleto de estranhos. Uma atitude bem madura.
Nada parecia normal na vida da garota. Até que ela resolveu entrar na Seaside, provar a melhor pizza da sua vida e encontrar as pessoas que mudariam a forma como ela se via e a importância que tinha.
A pessoa que mais me irritou em todo o livro foi a mãe de Sidney, ela não era nada racional, só pensava em Peyton, no que ele podia precisar, em como fazer ele se sentir melhor, sendo que ele se colocou naquela situação. Enquanto isso, Syd ficava por sua conta. Era boa aluna, boa filha, mas não era vista. Por outro lado, a família que Syd encontrou na Seaside, com Layla, Mac, Rosie e os pais, nossa, era demais. Adoro Layla – até ela mudar por causa de um rapaz, affe -, e o jeito como os irmãos e os pais se tratam, com cumplicidade. Foi o ponto alto do livro.
A trama é boa, legal, mas tinha potencial para muito mais. O desenvolvimento é lento e acredito que o livro poderia ter pelo menos 100 páginas a menos. Uma das coisas que mais me agoniou foi o primeiro beijo do casal que eu estava torcendo, que ocorreu apenas na página 285! E o livro tem 403 páginas. Apesar de gostar do que foi retratado na obra, queria que fosse mais ágil e tivesse mais emoção. Talvez eu não estivesse no mesmo ritmo após a leitura anterior a essa, é possível.  

Anotações básicas. :)

Syd precisava se impor antes, gritar, expor o que estava errado e não esperar que uma coisa ruim quase acontecesse para ser salva de certas situações. O final foi muito bom, até fechadinho, apesar de rápido. Queria que as coisas antes andassem mais para que o encerramento tivesse o tempo certo. Apesar dos contras, o livro tem muitos prós e fiquei envolvida com a relação criada por Syd e toda a galera. Fiquei indignada com decisões tomadas e flagras que não deviam ter acontecido, por cabeçadas, cabeças quadradas e falta de atenção. Senti como se estivesse lá, vivenciando tudo aquilo. E compartilhei dos desfechos também. Não posso deixar de comentar sobre a capa, que é tão bonita. Gosto muito.

Agora estou ansiosa pelo novo livro da Sarah, lançado pela Seguinte, Uma canção de ninar. *-* Saiba mais sobre ele aqui.