rainha-do-castelo-de-arEnfim, o fim. Depois de passar muitas semanas com Lisbeth Salander, Mikael Blomkvist e companhia, terminei a trilogia Millennium de Stieg Larsson. Confesso que durante a leitura de A Rainha do Castelo de Ar xinguei o pobre Stieg algumas vezes, tem trechos do livro em que ele parece minha avó contando histórias. Para ligar tal personagem ao enredo central ele volta bem atrás e vem contando tudo nos mínimos detalhes, isso é ótimo, claro, enriquece, mas em exagero também torna a leitura tediosa. E está aí o ponto negativo do livro, que em balanço com os pontos positivos nem faz cócegas.

O livro retorna depois de toda a emoção e adrenalina do fim de A Menina que Brincava com Fogo. Stieg nos apresenta todos, todos mesmo, os envolvidos com o passado trágico de Lisbeth, aqueles que a enfiaram em um hospital psiquiátrico e que acobertaram as sujeiras de seu pai, transformando sua vida em um verdadeiro inferno. Na luta contra esses corruptos, Lisbeth conta com seus fiéis amigos Mikael Blomkvist, Dragan Armanskij e Holger Palmgren. A luta pela justiça não é nada fácil e envolve muitos riscos. Afinal aqueles que são denominados da Seção mantiveram um segredo por muito tempo, cometeram muitas infrações e não querem que nada disso torne-se público. Roubos, agressões, tentativas e assassinatos rondam a busca pela liberdade de Lisbeth.

A melhor sensação do livro é o desfecho de toda a investigação, a satisfação de todos os envolvidos na solução do caso Lisbeth Salander e acompanhar a punição dos crápulas. Eu ria sozinha e comentava tudo com meu esposo.

Claro que depois de tudo isso, Stieg nos reservou mais um pouco de adrenalina, no encontro de Lisbeth com seu meio irmão, Ronald Niedermann. Fora as outras tramas envolvendo os personagens do livro, como Erika sendo perseguida por um assediador, Mikael e seus romances, a polícia secreta investigando ela mesma, etc.

O que merece um parágrafo à parte é Mikael Blomkvist e seu mel. Ele é o cara, creio que todos os homens que leem a série admiram e invejam o protagonista. Fala sério! Mikael se relaciona com a amiga Erika Berger desde a faculdade, mesmo depois de casados, os dois não deixaram de se encontrar, isso com consentimento do marido de Erika, e tal ligação entre os dois, incapaz de ser quebrada, foi o motivo do fim do casamento de Mikael. Durante os três livros ficamos sabendo que Mikael é um conquistador e tanto, e neles é citado seu envolvimento com Erika, Lisbeth, Harriet e Rosa. Fora as pobres que nem possuem o nome citado.

A trilogia é brilhante, Stieg Larsson tinha uma cabeça e tanto e volto a afirmar, os livros parecem mesmo ser escritos para virarem filmes, e de sucesso. Na Suécia o filme baseado no livro já saiu e como disse a Nanda, do Viagem Literária, a Lisbeth deles não é a que eu tinha em mente. Confiram:

big_millennium

E a capa do filme:

rainha