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Dia 9 de março, a ABC estreou nos Estados Unidos a série Resurrection. Comparadas por muitos a Les Revenants e até considerada baseada na série francesa, a produção sempre bateu na tecla que sua verdadeira inspiração veio do livro homônimo, de Jason Mott. Na trama, Jacob Langston acorda em meio a uma plantação na China, 32 anos após a sua morte. Com a mesma aparência de quando faleceu, o garoto de 8 anos é recuperado pelos Estados Unidos e deixado sob a responsabilidade do agente Martin "Marty" Bellamy, que “em outra vida” foi o Dr. Foreman, de House.

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Quando chega com o garoto na cidade de Arcadia, onde ele disse viver, Marty testemunha o choque dos pais com a imagem do menino que perderam há anos. Lucille não crê em seus olhos e logo aproveita esta aparente segunda chance de ter o filho por perto. Já Henry, é mais cético, afinal, enterrou o próprio filho e não quer se deixar levar pela emoção. Junto com Jacob uma verdade sobre sua tia ressurge. O retorno do menino envolve toda a família e causa espanto na cidade. Os que acreditam que aquele é o mesmo de 32 anos atrás, se distanciam e julgam, outros demoram para aceitar a situação, ainda mais quando novos mortos voltam a aparecer.

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O suspense é o carro-chefe da série, ou melhor, minissérie – ela tem apenas oito episódios nessa primeira temporada e tem a segunda temporada garantida. Desde que Jacob aparece, nossa cabeça enche com perguntas. Será que ele é mesmo o Jacob? Como é possível alguém retornar depois de tanto tempo de sua morte? Mas se não é ele, como lembra de tudo tão detalhadamente? São ets? Aliás, muita gente especula que essa seja a resposta, o que não agradou mais um monte de pessoas. Será?

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Enfim… Jacob é só uma criança, aparentemente inocente, que não vê motivo para as pessoas terem medo dele. Em uma cena envolvendo um jogo de futebol, as mães tiram todas as crianças do parque, deixando-o sozinho. Morri de dó.

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Mas não são apenas boas pessoas que retornam. Caleb Richards também está de volta e suas intenções não parecem boas. Junto a isso, Rachel também retorna e bagunça a vida do pastor Tom, que teve sua fé abalada ao ver o melhor amigo de infância viver de novo. Aliás, a vida de todos na cidade acaba sendo puxada para o caos dos retornos. Todos criticam, mas quando é alguém da família, alguém estimado, esquece-se as dúvidas para dar espaço a esperança, a segundas chances, a ter pelo menos mais um pouco de tempo com o ente querido.

Quem não teria a cabeça mexida em uma situação dessas, não é? Eu mesma não saberia o que fazer, se sentiria medo, felicidade, esperança, gratidão, pavor. É difícil prever uma reação. Munidos das informações que têm, Marty e a prima de Jacob, Dra. Maggie, começam a procurar uma explicação para o acontecimento. Mas resposta, que é bom, não é fácil encontrar.

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Essa foi uma das minhas decepções com a série. Ela caminhou super bem para o fechamento da temporada, deixou-me super empolgada e depois jogou um banho de água fria. O caminho até o finale foi bom, interessante – até mesmo pela reação das pessoas, poder presenciar como uma reage diferente da outra -, mas o desdobramento deixou a desejar. Inclusive, a season finale da série, exibida no dia 4 deste mês, deixou muitas pontas soltas. Achei que teria respostas e fiquei decepcionada com as cenas que fecharam a temporada. No entanto, não se pode comentar que não foi um sucesso. Resurrection teve um público de 8,16 milhões de espectadores, número excelente para uma série iniciante fechar seu primeiro ano. Espero que a segunda temporada traga as respostas que tanto precisamos. E que os estragos feitos por certo personagem que me fez “garrar raivinha” sejam possíveis de controlar.

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Ah, e vale lembrar que o canal AXN está exibindo a série no Brasil. Confira os horários e informações aqui.

Beijos e ótima terça.